quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

 Empresários evitam declarar apoio a ida de Josué para ministério de Dilma
     
 
 Líderes empresariais estão evitando encampar publicamente o nome do industrial Josué Gomes da Silva para o Ministério do Desenvolvimento, que ficará vago com a saída de Fernando Pimentel para a disputa do governo de Minas Gerais. Apesar de gostarem da opção, não querem se sentir devedores da presidente Dilma Rousseff.
A presidente aposta todas as fichas em Josué, dono da indústria têxtil Coteminas e filho do vice-presidente José Alencar, para quebrar a tensão com o setor produtivo. Segundo funcionários graduados do governo, se ele não aceitar, Dilma não tem um plano B no empresariado.
Nos últimos dias, o governo emitiu sinais de que gostaria que líderes dos empresários venham a público mostrar apoio a Josué. Procurada, a Fiesp (Federação das Industrias do Estado de São Paulo) preferiu não se manifestar. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) informou que seu presidente, Robson Andrade, está em férias.
Segundo a Folha apurou, a cautela deles e de outros nomes fortes do empresariado tem dois motivos: não constranger Josué a aceitar o cargo; e não transformar a indicação do dono da Coteminas num pleito da indústria.
Críticos do governo Dilma, eles não querem passar a impressão de que estariam colocando seu representante no Ministério, o que poderia enfraquecê-los em futuras divergências com o Planalto. A empresários que o procuraram para manifestar apoio, Josué disse que, por enquanto, trata-se "de especulações". À Folha, ele também afirmou que não comentaria "especulações".


Zanone Fraissat - 21.nov.2013/Folhapress
Josué Gomes da Silva, empresário e filho de Jose Alencar, durante entrevista
Josué Gomes da Silva, empresário e filho de Jose Alencar, durante entrevista
Dentro do Planalto, a possibilidade de Josué assumir a pasta do Desenvolvimento é tratada como estratégica para melhorar o relacionamento com o setor produtivo. O entorno da presidente sabe que, para os empresários, o governo é fechado, comunica-se mal e ignora suas queixas. O dono da Coteminas seria a solução para diminuir essa distância.
A visão do empresariado em relação a Josué, no entanto, não é uniforme. Para os industriais, o filho de José Alencar seria um potencial defensor de bandeiras tradicionais do setor como câmbio desvalorizado, juros baixos e medidas de defesa comercial contra produtos estrangeiros. Esse não é o perfil ideal para setor financeiro, que implica com qualquer coisa que lembre interferência do governo no mercado.
DILEMA
A decisão de Josué não é fácil. Ele se filiou recentemente ao PMDB para candidatar-se a um posto eletivo, preferencialmente senador por Minas Gerais, seguindo os passos do pai.
Sua candidatura ao Senado é bem vista por parte do PT, que ganharia o apoio de um nome de peso na coligação mineira. O problema é a concorrência do atual governador, Antonio Anastasia, que pretende concorrer à mesma vaga pelo PSDB e é bem avaliado pela população. Outra opção seria ser vice na chapa de Pimentel.
Se Josué resolver se candidatar em vez de ser ministro, aumentam as chances de escolha de um técnico para a pasta do Desenvolvimento, situação que Dilma gostaria de evitar. Um dos cotados é Mauro Borges, presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), sugerido por Pimentel.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Panorama Político - 20-01-2014 (O Globo - Ilimar Franco)
Alerta vermelho              

                 A paciência do governo está chegando ao limite com o presidente do Atlético Paranaense, Mario Petraglia. A obra da Arena da Baixada está enroscada. A presidente Dilma e o ministro Aldo Rebelo (Esportes) trataram do assunto semana passada. O governo não pode recorrer à construtora. Ela é de amigos do cartola. O estádio, que deve receber quatro jogos, pode sobrar.

PMDB: “stand up comedy"
Uma sonora gargalhada tomou conta do Palácio do Jaburu na noite de quarta-feira. Depois de extravasar o descontentamento com os rumos da reforma ministerial e da relação eleitoral nos estados com o PT, a cúpula do PMDB jantava com o vice Michel Temer, quando um dos presentes fez uma intervenção surpreendente e recheada de ironia. Lá pelas tantas, ele brinca: “O Michel vai assumir na próxima semana. Ele devia aproveitar que a Dilma está viajando. Ele demite, nomeia e faz a reforma ministerial". A descontração tomou conta do ambiente. E, mesmo sendo brincadeira, os peemedebistas presentes à reunião insistem em dizer que não lembram quem foi o gaiato.

A reação aos rolezinhos tem uma dimensão preconceituosa. As pessoas associam aquela correria nos shoppings com os arrastões na praia

Luís Adams
Advogado-Geral da União

A todo vapor
A CUT publicou texto na internet defendendo os “rolezinhos”. O secretário de Juventude da entidade, Alfredo Santos Junior, diz que “a reação de conservadores representa o medo das elites de ter seu espaço ameaçado pelos excluídos".

Contra a corrente
O enredo corre solto no PSB. O governador Geraldo Alckmin nem o PSDB pensam em abrir mão da vice em favor do PSB, como sonha o deputado Márcio França (SP). Alckmin quer ser candidato a presidente em 2018 e não deseja deixar no governo, durante 10 meses, o aliado de um de seus prováveis adversários, o socialista Eduardo Campos.

Palanque exclusivo
O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, independente de suas declarações, não quer uma aliança do governador Geraldo Alckmin com o PSB, pois ela implica dividir o palanque tucano com o candidato socialista Eduardo Campos.

Reforçando o alicerce
Os palanques regionais são a maior dor de cabeça dos candidatos de oposição à Presidência, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Os dois estão empenhados em construir candidaturas no maior número de estados. Vários quadros estão sendo pressionados a entrar na disputa para dar suporte à campanha nacional.

Palanque mineiro
O ministro da Agricultura, Antonio Andrade, anuncia amanhã ao comando do PMDB se será vice na chapa do candidato do PT ao governo de Minas, o ministro Fernando Pimentel. O PT dá a dobradinha como certa. Mas o PMDB ainda não.

Na crista da onda
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), foi festejado pela massa na Lavagem da Igreja do Bonfim, na quinta-feira. Seus partidários estranharam a ausência do candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves. Oportunidade perdida.

O bistrô da livraria Sebinho, na Asa Norte, em Brasília, virou ponto de encontro de assessores do governo Dilma. Eles se escondem dos locais glamorosos.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Acordo sobre programa nuclear iraniano entra em vigor no dia 20 de Janeiro
É válido por um período de seis meses e pode ser renovado. Paralelamente deverão decorrer negociações mais amplas sobre o dossier nuclear.


Instalações nucleares iranianas MYCHELE DANIAU/AFP-Arquivo
                        

O Irão aceita suspender o enriquecimento de urânio a mais de 5% e receberá as primeiras parcela de bens que tem congelados devido às sanções internacionais, nos termos do acordo obtido a 24 de Novembro de 2013.
Um responsável do Departamento de Estado do governo norte-americano anunciou no domingo que o Irão receberá a partir do início de Fevereiro 550 milhões de dólares (402 milhões de euros). Os bens iranianos congelados, e que deverão gradualmente ser desbloqueados, estão calculados em sete mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros).
O entendimento obtido em Novembro entre o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha) e o Irão prevê que o país suspenda durante seis meses as suas actividades nucleares mais sensíveis a troco de um levantamento parcial das sanções ocidentais. É válido por um período de seis meses e pode ser renovado. Paralelamente, deverão decorrer negociações mais amplas sobre o dossier nuclear que, se forem bem sucedidas, deverão conduzir ao levantamento das sanções comerciais e financeiras que, por agora, se mantêm.
O entendimento foi anunciado pelo ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros do governo de Teerão e confirmado depois pela União Europeia. “A aplicação do plano de acção conjunto começará a 20 de Janeiro”, declarou o porta-voz do ministério, Marzieh Afkham.
“A partir de Janeiro, o Irão começa pela primeira vez a eliminar o seu arsenal de urânio enriquecido a altos níveis e a desmantelar parte da infra-estrutura que torna possível esse enriquecimento”, comentou o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Ainda que limitado a um período de seis meses, o acordo conseguido em Novembro com o Irão pela China, Estados Unidos, França, Rússia, Reino Unido e Alemanha foi considerado potencialmente histórico por se seguir a uma década de profunda desconfiança e manobras para ganhar tempo.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Sisu passa de 2 milhões de inscritos e bate recorde
08/01/2014 - 19h29
Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O número de inscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do primeiro semestre de 2014 superou o total de inscritos no mesmo período do ano passado. Conforme balanço divulgado hoje (8), às 18h, pelo Ministério da Educação (MEC), já se inscreveram 2.004.110 candidatos, superando os 1.949.958 do ano passado, o maior número até então registrado. O volume de inscritos representa cerca de 40% dos mais de 5 milhões de estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2013.
As inscrições começaram a ser feitas segunda-feira (6) e vão até as 23h59 de sexta-feira (10), no horário de Brasília, pelo site do Sisu. O estudante pode fazer até duas opções de curso. Com isso, o total de inscrições, de acordo com os últimos números do MEC, chegou a 3.887.360.    
Os três cursos mais procurados, segundo o balanço das 12h30, continuam sendo administração, direito e medicina. Em pouco mais de 24 horas - das 11h de ontem (7) às 12h30 de hoje -, os três receberam, juntos, 37,4 mil inscrições. A maior parte, 29 mil, foi em administração. Com isso, o curso segue no topo da maior procura, com 221.650 inscrições e uma concorrência de 36 candidatos por vaga. Em segundo lugar, está direito, com 194.491 inscrições e uma relação de 41 candidatos por vaga. Medicina aparece em terceiro lugar na procura, com 181.864 inscrições, mas lidera a concorrência, com 62 candidatos por vaga.
Até as 12h30, a disputa entre os candidatos que optaram pela Lei Federal de Cotas na inscrição no Sisu estava um pouco mais acirrada que a da ampla concorrência. Enquanto na ampla concorrência, a relação é 21 candidatos para cada vaga; pela Lei de Cotas, são 22 estudantes concorrendo a uma vaga; e nas ações afirmativas das próprias instituições são 21.
Na primeira edição de 2014, o sistema oferece 171.401 vagas em 4.723 cursos de 115 instituições públicas de educação superior. O Sisu seleciona estudantes com base nas notas obtidas no Enem. Nesta edição, a inscrição está restrita ao estudante que tenha participado da edição de 2013 do exame. Fica impedido de se inscrever aquele que tenha tirado zero na prova de redação.
Ao longo do período de inscrições, a classificação parcial e a nota de corte dos candidatos são divulgadas online diariamente para consulta a qualquer hora do dia, na página do Sisu. Durante o período de inscrição, o candidato pode alterar suas opções. Será considerada válida a última inscrição confirmada.
Veja abaixo o cronograma do Sisu 2014:
Inscrições: de 6 de janeiro às 23h59 de 10 de janeiro (horário de Brasília)
Primeira chamada: 13 de janeiro
Matrícula da primeira chamada: 17 a 21 de janeiro
Segunda chamada: 27 de janeiro
Matrícula da segunda chamada: 31 de janeiro a 4 de fevereiro
Inscrição na lista de espera: 27 de janeiro a 7 de fevereiro
Convocação dos candidatos em lista de espera: a partir de 11 de fevereiro
Edição: Carolina Pimentel
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014